A Igreja Presbiteriana Independente do Brasil e o Movimento de Igreja em Células: Resolução da Assembleia Geral

No ano de 2012, o Conselho da IPI de Florianópolis tomou a decisão de caminhar na visão do movimento de Igreja em Células. A partir de hoje, vamos postar alguns textos para esclarecer a visão do Conselho sobre o movimento de Igreja em Células.

Vamos começar pela resolução da Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil no ano de 2008. Ao invés de copiar o documento ou comentar, vamos citar os trechos que julgamos mais importantes para o esclarecimento da igreja local. O link em que você pode encontrar a resolução da Assembleia Geral na íntegra está no final deste texto.

a) Sobre o funcionamento do modelo de “igrejas em células” em algumas igrejas da IPIB:
"O desenvolvimento do modelo de “igrejas em células” em nossas igrejas tem caminhado na direção de uma adaptação ao sistema de governo presbiteriano. Citamos o exemplo da experiência da 1ª IPI de Curitiba, relatado pelo presbítero Paulo E. Annunciação: “As células como tais são oportunas, especialmente por resgatarem a prática da ‘koinonia’ e garantir a consolidação dos novos convertidos no seio da igreja. Os cuidados que a nosso ver devem ser tomados: a) respeitar todos os membros da igreja que não queiram participar dessa novidade; b) Não permitir que este ministério interfira negativamente nos demais; c) Fazer os devidos ajustes para que não provoque conflito com a atual estrutura de nosso sistema presbiteriano, pois é possível conviver com células, principalmente se soubermos utilizar com muita sabedoria a liderança dos presbíteros na estrutura de gerenciamento das células.” O Rev. Mathias Quintela, a partir de sua experiência na implantação de pequenos grupos na 1ª IPI de Londrina, afirma que “o modelo é flexível e não exige mudanças de doutrina nem da ordem de governo adotados pela IPIB”. Lembra ainda, que “o modelo não deve ser simplesmente transplantado, mas adaptado à realidade da igreja local e da IPIB”.   
Desta forma, concluímos que, a utilização do modelo de pequenos grupos em nossas igrejas caminha na direção de uma adaptação à realidade institucional da IPIB".

b) Resolução. A proposta da Comissão, aprovada pela Assembleia Geral, é a seguinte:
"1) Levar ao conhecimento dos concílios e membros das igrejas que o modelo de reuniões em pequenos grupos denominados de “células” é uma estratégia de comunhão e crescimento de igreja e não um modelo de governo alternativo ao sistema presbiteriano;   
2) Recomendar aos presbitérios que possuam igrejas em sua jurisdição que já estão valendo-se do modelo de pequenos grupos, que as acompanhem cuidadosamente e envidem esforços para o bom funcionamento do modelo federativo;   
3) Determinar que o início de qualquer programa de implantação do modelo de pequenos grupos denominado “igreja em células” ocorra apenas após entrevista do conselho da igreja com o presbitério, ou com uma comissão especial designada pelo presbitério para este fim, o qual deverá esclarecê-los, com base em decisões da Assembléia Geral, quanto aos possíveis benefícios e riscos na adoção de tal modelo;   
4) Recomendar às igrejas que estão interessadas em implantar o modelo de pequenos grupos que procurem conhecer a experiência de pastores e igrejas da IPIB que conseguiram adequar o modelo à estrutura e funcionamento de nossa denominação;   
5) Esclarecer que a participação nas reuniões de pequenos grupos não será obrigatória para nenhum membro não devendo haver qualquer espécie de discriminação entre participantes e não participantes dos pequenos grupos;   
6) Proibir expressamente aos líderes leigos de pequenos grupos a celebração dos sacramentos no âmbito das reuniões denominadas “células”; uma vez que tal celebração é prerrogativa exclusiva do ministro ordenado, devendo este, na medida do possível, celebrá-los no culto público, conforme a Constituição da IPIB, art. 52 alínea d;   
7) Criar uma comissão de doutrina, que funcione em caráter permanente, com o objetivo de subsidiar, com agilidade, os concílios com orientações sobre os novos movimentos religiosos e suas implicações teológicas para a IPIB".

Como  veremos nas próximas postagens, o Conselho da IPIF seguiu a determinação da Assembleia Geral e tem caminhado nesta direção, fazendo coro com as palavras do Presb. Paulo Anunciação, citado na resolução: “As células como tais são oportunas, especialmente por resgatarem a prática da ‘koinonia’ e garantir a consolidação dos novos convertidos no seio da igreja".
   

A Resolução da Assembleia Geral sobre o Movimento de Igreja em Células pode ser baixado no Portal da IPIB, em:
http://www.ipib.org/dowloads1/category/12-1-secretaria-geral-leis-ordinarias



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